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A música de Rohmer: silêncio, paisagem sonora, acaso e o mundo secreto das idiossincrasias humanas

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ROHMER Erich Rohmer, cujo nome de nascimento era Jean-Marie Maurice Schérer, nasceu em 1920 e foi um dos notáveis componentes da chamada “Nouvelle Vague”, movimento artístico do cinema francês surgido no final dos anos de 1950 e que abriu novos caminhos na maneira de se fazer cinema. Foi diretor, escritor, professor de literatura, jornalista, editor e crítico de cinema, sendo um dos fundadores do “Cahiers du cinéma”, publicação que serviu de impulso para o movimento da Nouvelle Vague. Assim como alguns de seus personagens, Rohmer sempre manteve um comportamento diferenciado do que é tido como comum em nossa cultura: recusou-se a ter veículo próprio, sua mãe nunca soube de sua carreira como cineasta famoso (já que o jovem Jean-Marie fora contrariado em casa por seu desejo de seguir o caminho artístico), fugia das entrevistas e, quanto ao fazer cinematográfico chegava a ser tão meticuloso a ponto de atrasar filmagens por um ano só para captar cenas realistas, como em Ma nuit ...